quinta-feira, dezembro 28

ROSÉ COMBINA COM DESPREOCUPAÇÃO

NASCE O CLARETE

Bordeaux e a Inglaterra foram praticamente casados na Idade Média. Sua união representou uma mina de ouro e deu início à saga do clarete, que continua até hoje.
Já se apresentaram muitas explicações para o motivo pelo qual a palavra francesa clairet - clarete em português – se aplica unicamente a Bordeaux. Uma delas é, naturalmente, que, após dominar a região por três séculos, o vinho ficou indelevelmente associado a ela na memória dos ingleses. Curiosamente, até o século XVI não há registro do termo em inglês. No entanto, é quase certo que desde o início o vinho vermelho-claro ou rosé era (além do branco) o melhor que Bordeaux tinha a oferecer - ou pelo menos o que mais condizia com o paladar inglês e com as condições da viagem para a Inglaterra.
O método de fabricação do clarete era o mesmo do atual vinho rosé, ou, mais precisamente, do vinho que os franceses chamam de “vin d’une nuit” – ou seja, passa apenas uma noite na cuba. Pisavam-se as uvas na maneira habitual, e o vinho fermentava a princípio com as cascas – muitas das quais seriam brancas -, durante um período nunca superior a 24 horas. Trasfegava-se então o líquido claro para os barris, onde acabava de fermentar. O vinho que permanecia mais tempo na cuba, com as cascas tinha uma cor mais intensa, e era considerado muito escuro e áspero.
Hoje se faz Rosé com muitas uvas tintas( o da foto é com a Tempranillo) e em quase todas as regiões vinícolas do mundo.É, atualmente, um vinho de extrema qualidade e bastante versátil, combinando com muitos pratos, sozinho, na piscina, antes do tinto....
Consulta - A HISTÓRIA DO VINHO, Hugh Johnson.

Vinho da foto; Importadora mistral, $8,50

sexta-feira, dezembro 1

Gewurztraminer


A gewurztraminer originária da Alsácia e Alemanha, é uma fruta presente no Sul do Brasil com muita capacidade de gerar vinhos brancos bem elaborados, picantes e amplos, muitas vezes melhores que os feitos por Chardonay e sauvignon blanc, mais frequêntes. É uma uva aromática , como a torrontês e a moscatel. Essas três resultam vinhos muito marcantes, com perfume de uva e paladar sêco.
Poderíamos pensar para a gewurztraminer um destino semelhante ao da uva torrontês, que foi ter o seu auge na Argentina, em Cafayate , brilhando mais do que no seu próprio país de origem, a Espanha.

Quem sabe a Serra Gaúcha se torna o segundo lar dessa brilhante uva.
A aromaticidade da gewurztraminer permite até um risoto de frutos do mar com um pouco mais de pimenta que o normal.